Última alteração: 2018-08-20
Resumo
Este artigo emerge a partir de reflexões de uma pesquisa em andamento que busca responder a seguinte questão: como promover a formação continuada para professores e profissionais que atuam com alunos público-alvo da Educação Especial? Assim, o objetivo é analisar a contribuição de grupo de estudos, como possibilidade de formação continuada em contexto. Assumimos o referencial teórico-metodológico da pesquisa-ação colaborativo-crítica, por pensarmos que sua base favorece a construção coletiva de uma prática reflexiva e crítica, além de contribuir para que os participantes se convertam em investigadores. Apoia-se nos pressupostos de Habermas, do Agir Comunicativo. Utilizou-se como instrumentos para a coleta de dados o diário de campo, fotos e questionário semiestruturado. O estudo foi realizado em um Centro Municipal de Educação Infantil no município de Cariacica, no estado do Espírito Santo, tendo como participantes dois professores e um pedagogo. Torna-se relevante, pois a oferta da formação continuada na perspectiva da inclusão no município, em sua maioria, contempla apenas os “professores colaboradores das ações inclusivas” e professores do Atendimento Educacional Especializado. Para compreender as experiências vividas pelos sujeitos no contexto da pesquisa, para análise do grupo de estudo, elegeram-se duas categorias: desafios e possibilidades. Os dados apontaram como desafios a indisponibilidade de tempo para os estudos e maior adesão da comunidade escolar nos encontros do grupo. Quanto às possibilidades, observou-se a necessidade de expansão dos encontros para o contraturno. Percebeu-se ainda que o movimento de grupo é desafiador, porém necessário à continuidade como possibilidade de formação continuada na tentativa de desenharmos novos processos formativos dentro do espaço escolar.
Palavras-chave: Educação Especial. Formação Continuada de professores. Grupo de Estudo.